terça-feira, 6 de novembro de 2007

Soneto XXXVI



Revejo-te na face adormecida
No sorriso da morte assinalado,
À luz do sol, no rosto iluminado,
No adeus suave à tarde da partida.



Em balbucios, na prece oferecida,
Rezavas, no silêncio, em tom sagrado,
No coração humilde, recatado,
Por isso, a reverência te é devida.



A dor de, assim, partir, é lancinante
Pois a vida se exaure de repente
E a morte, embora incerta, está rresente


No d´senlace brutal, tão impactante
Que a Eternidade, ali, se finge ausente
Se a bondade divina o não consente.










São Paulo, 16 de Setembro ,2005, 6ª feira, 17,45

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