terça-feira, 6 de novembro de 2007

Soneto X



Ainda que me veja no teu rosto,
Ainda que te sinta ao pé de mim,
Ficarei avaliando porque assim
Tão cruel foi comigo o mês de Agosto.



Ainda que findasse o meu desgosto
De perder quem amei como o jardim
Que plantastes de rosas e jasmim,
Minha alma sangrará como o sol posto.


Mas, depois, porque a vida nos seduz,
Quando se nasce e vive em harmonia,
Não há tristeza ou dor, mas alegria


Translúcida, tão clara como a luz
Que, à escuridão da noite, apõe o dia,
Regendo o universo em sinfonia.





São Paulo, 1 de Setembro,20055ª feira, 6h

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