terça-feira, 6 de novembro de 2007
Soneto XXI
O Bem-te-vi, de longe, vem chegando,
Com a manhã rompendo, mal, ainda,
Carregando alegria quase infinda,
E a cantar, se aproxima, gorjeando.
Desperta-me do sono e, me acordando,
Traz-me recordações e nunca finda,
Com seu doce cantar, assim, me brinda,
A tua ausência, amor, recordando.
Entra janela adentro ew corre a sala,
Olha pra todo o lado e não te vê,
E, perturbado, estanca e já não crê,
No seu tristonho olhar, então, se cala
E vai embora triste – eu sei porquê- ,
Procurando por ti:- cadê, você!
São Paulo, 7 de Setembro, 4ª feira, 2005, 7,20
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