terça-feira, 6 de novembro de 2007


Soneto XVI



Vou subindo as escadas, uma a uma,
no corrimão da vida a que me atenho,
Caminho sempre só, fiel ao desenho
Que o Arquiteto-Mor traça e apruma.


Na vida, também sei, tudo se arruma,
C´o a força igual coragem e muito empenho,
Nem as ondas do mar quebram o lenho
Sulcando, mansamente, em véus de espuma.


Pois, se eu, ainda assim, posso viver
E suportar a dura privação,
A saudade que oprime o coração


Tem a força que faz reacender
O facho que dissipa a solidão,
Cintilando em teu rosto num clarão.







São Paulo, 3 d Setembro de 2005- sábado, 11,30

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