SONETO I
Se dormes, mesmo assim, o sono lento,
Igual a existência te consente,
A vida não se acaba de repente
Em ânsia de viver final momento.
Se indagas, em murmúrios, tal lamento
Que a razão desconhece por ausente,
Algo que não se enxerga está presente
Nos teus suspiros leves como o vento.
Deixa que se esparrame no teu leito,
Onde a luta final se desenlaça,
A translúcida luz pela vidraça
E continuarás viva doutro jeito
Porque a vida se vive quando passa
E a morte amiga vem e nos abraça.
S.Paulo, 21 de Agosto,2005
In “ Carmen 47 sonetos + um”
Se dormes, mesmo assim, o sono lento,
Igual a existência te consente,
A vida não se acaba de repente
Em ânsia de viver final momento.
Se indagas, em murmúrios, tal lamento
Que a razão desconhece por ausente,
Algo que não se enxerga está presente
Nos teus suspiros leves como o vento.
Deixa que se esparrame no teu leito,
Onde a luta final se desenlaça,
A translúcida luz pela vidraça
E continuarás viva doutro jeito
Porque a vida se vive quando passa
E a morte amiga vem e nos abraça.
S.Paulo, 21 de Agosto,2005
In “ Carmen 47 sonetos + um”
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